PROGRAMAÇÃO
O esforço em desenhar uma formação robusta e relevante se traduz em uma programação capaz de oferecer um percurso conciso, porém completo, no universo das negociações climáticas.
01/11
ENCONTRO 1
A CIÊNCIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A DINÂMICA DAS COPS.
O biênio decisivo na década crítica
A humanidade tem no máximo sete anos para botar a trajetória de mitigação de gases de efeito estufa em linha com a necessidade do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, e por isso o biênio compreendido entre as COPs 28 e 30 é fundamental. Esta primeira aula vai explorar os cenários de aquecimento global do IPCC (somente um deles nos põe no rumo de 1,5ºC e mesmo assim com o chamado “overshoot”), o que foi feito até aqui e mostrar o tamanho da tarefa para o pouco tempo que temos.
De que é feita a UNFCCC?
A UNFCCC foi criada para evitar uma interferência humana perigosa no clima. A ciência já nos mostrou que não estamos no caminho certo, mas por quê? Como opera a UNFCCC? Quais as principais limitações e seus princípios norteadores? Porque países ricos e pobres têm posições irreconciliáveis e como produzir avanços na crise climática com essas amarras impostas quase por design? Vamos abordar também o que são as COPs e as várias reuniões em uma que acontecem, além de apresentar os espaços a serem ocupados e o papel da presidência de uma COP.
08/11
ENCONTRO 2
MITIGAÇÃO E O ELEFANTE NA SALA: A ELIMINAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.
Mitigação: NDC x GST x MWP
A COP28, em Dubai, será uma hora da verdade com sabor de notícia velha. Será discutido o relatório do Global Stocktake, uma avaliação do progresso feito desde Paris em corte de emissões (mitigação), adaptação e financiamento do combate à mudança do clima. Já sabemos que nenhum dos três pilares está no caminho certo. Em relação à mitigação, as NDCS que estão sobre a mesa não alcançam a ambição necessária. Na COP26, foi proposto um Programa de Trabalho em Mitigação (MWP) para ajudar a fechar o gap mais rápido, mas que ganhou oposição de países em desenvolvimento e foi operacionalizado na COP27 como não prescritivo. Por que o GST importa e o que ele pode entregar em aumento de ambição nas NDCs propostas até 2030? E qual o papel que o MWP pode desempenhar?
POFF! Fossil fuels phase-out
Será a COP28 a COP dos combustíveis fósseis porque acontece em um petrostate? Porque é presidida pelo CEO de uma das maiores petrolíferas do mundo? Ou ainda, porque o mundo irá finalmente concordar com a eliminação gradual dos combustíveis fósseis? (Convenhamos, phase-out of fossil fuels ou POFF é muito mais legal que FFPO).
10/11
ENCONTRO 3
ADAPTAÇÃO, PERDAS & DANOS E A NOVA META GLOBAL DE FINANCIAMENTO.
Adaptação, o elefante na sala
A falha em atacar a mudança do clima nos últimos 30 anos aumentou enormemente a necessidade de adaptação no mundo, especialmente nos países mais vulneráveis. Essa agenda esbarra, porém, na falta de recursos e definições. A UNFCCC vem discutindo a adoção de uma meta global de adaptação (conhecida pela sigla GGA), que estará na agenda de Dubai, e na destinação de 50% do financiamento climático para adaptação. Os desafios de implementação são locais e exacerbados pela desigualdade social. Nos últimos anos, a agenda passou a ser vista pelas necessárias lentes da justiça climática, mas isso ainda precisa ser incorporado a políticas e planos.
Perdas e danos - o diabo mora nos detalhes
Uma vitória expressiva das nações-ilhas, o mecanismo internacional de perdas e danos visa facilitar a chegada de recursos e a capacitação para países lidarem com eventos climáticos extremos naqueles que já não cabe adaptação. Países ricos não gostam do tema porque querem evitar falar em reparação (que é justamente do que se trata). Na COP27 foi aprovada a criação de um fundo para perdas e danos, depois de muita pressão da sociedade. Agora, em Dubai, se debate os detalhes de como vai ser esse fundo: qual será a sua governança, quem paga a conta, quem pode receber, além de tentativas de contabilizar verba humanitária na caixinha do financiamento a perdas e danos.
Financiamento, a mãe de todas tretas
Vamos falar sobre meios de implementação, a maior treta histórica da UNFCCC, explorando o que estará em pauta em Dubai e na COP29, que já está sendo apelidada “COP do Financiamento” (será que é por que não vai ter dinheiro na 28?). Também focaremos no conto de promessas não cumpridas dos ricos (os US$ 600 bi de Copenhague) e o NCQG, que em tese irá começar a rodar a partir de 2025.
16/11
ENCONTRO 4
COMO O BRASIL DEVE SE PREPARAR PARA SER O ANFITRIÃO DA COP30?
O anfitrião da Paris+10
Quem é o Brasil na fila do (CO)Pão? Como o Brasil deve se preparar para um evento diplomático que vai entrar para a história: Paris+10, a COP da ambição na década crítica? Internamente, o que precisa ser feito pelo país? E quando chegar a hora H, o que podemos esperar do Brasil? Queremos debater como devemos nos preparar (enquanto país e enquanto sociedade civil) nesses dois anos de contagem regressiva para que não só tenhamos uma COP bem sucedida, mas também com avanços internos no país. Além disso, nesse encontro, vamos ouvir também como foi a experiência de outro país latino-americano que recentemente sediou uma COP.
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